3.1.08

em dois mil e oito


"quero escrever o borrão vermelho de sangue com as gotas e coágulos pingando de dentro para dentro. quero escrever amarelo-ouro com raios de translucidez. que não me entendam, pouco-se-me-dá. nada tenho a perder. jogo tudo na violência que sempre me povoou. o grito áspero e agudo e prolongado, o grito que eu, por falso respeito humano, não dei."

[clarice lispector]