28.4.05

caio f.


"como se eu estivesse por fora do movimento da vida. a vida rolando por aí feito roda-gigante, com todo mundo dentro, e eu aqui parada, pateta, sentada no bar. sem fazer nada, como se tivesse desaprendido a linguagem dos outros. a linguagem que eles usam para se comunicar quando rodam assim e assim por diante nessa roda-gigante. você tem um passe para a roda-gigante, uma senha, um código, sei lá. você fala qualquer coisa tipo bá, por exemplo, então o cara deixa você entrar, sentar e rodar junto com os outros. mas eu fico sempre do lado de fora. aqui parada, sem saber a palavra certa, sem conseguir adivinhar. olhando de fora, a cara cheia, louca de vontade de estar lá, rodando junto com eles nessa roda idiota".

27.4.05

releituras


tem texto meu no releituras
passe lá.

8.4.05

prêmio sesc de literatura


para meu nervoso, o sesc divulgou a lista de finalistas para o prêmio de literatura. dos 305, sobraram 26. entre eles, meu romance. haveria alguma possibilidade de você cruzar os dedos pra mim, então?

finalistas do prêmio sesc de literatura 2004

"Comedor de papa-terra", de Félix Carvalho (GO)
"O fantasma do ramalhão", de Antonio Medeiros (DF)
"A inglesa", de Paulo Avelino Silva (CE)
"Os puxadores de piano", de Cefas Silva (RN)
"O meio do caminho", de Adriana Bosco (SP)
"Pálidos poentes", de Sonia de Azevedo (SP)
"A vida vazia", de Tadeu Sarmento (SP)
"O mundo é estranho nessa hora", de Afonso do Carmo (SP)
"O Vaticano", de Valter Alves (SP)
"Aquilo tudo era seu", de Clovis Frimm (SP)
"As netas da Ema", de Eugênia Zerbini (SP)
"Gotas de sangue no braço", de Ricardo Aguieiras (SP)
"Trinca de quatro", de Wanderlei Pires (SP)
"Desamores", de Eduardo Baszczyn (SP)
"Travessa Dalva, 1964", de Iderval Garcia (RJ)
"O gato do dragão", de Fábio Erber (RJ)
"Cinco verdades", de Humberto Cosate (ES)
"Ano zero", de Bárbara Lima (RJ)
"Peq. tratado sobre amor e morte", de Viktor Waewell (BH - MG)
"Nicolino", de João Gilberto Carvalho (RJ)
"Confiteor", de David Mandryk (SC)
"Crônica do paraíso", de Júlio Zanotta (PR)
"Cereja & Blues", de Bárbara Lia Soares (PR)
"No fim da noite São Paulo", de Fischel Báril (RS)
"A caixa de Romeo y Julieta", de Roberto Schultz (RS)
"A barca", de Gilson Borges Corrêa (RS)

6.4.05

como me tornei estúpido


"sempre parecera a Antoine contabilizar sua idade como os cães. quando tinha sete anos, ele se sentia gasto como um homem de quarenta e nove; aos onze, tinha desilusões de um velho de setenta e sete anos. hoje, aos vinte e cinco, na expectativa de uma vida mais tranquila, antoine tomou a decisão de cobrir o cérebro com o manto da estupidez. ele constatara que, muitas vezes, inteligência é a palavra que designa baboseiras bem construídas e lindamente pronunciadas, e que é tão traiçoeira que frequentemente é mais vantajoso ser uma besta do que um intelectual consagrado. a inteligência torna a pessoa infeliz, solitária, pobre, enquanto o disfarce de inteligente oferece a imortalidade efêmera do jornal e admiração dos que acreditam no que lêem." martin page, lido nesta semana.